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Se o Brasil fosse um cidadão comum certamente já estaria na lista mais ameaçadora da praça: a do SPC. O Serviço de Proteção ao Crédito é o maior cadastro de inadimplentes do país.
Este assunto é por demais corriqueiro entre nós, especialmente após a criação dos “REFIS”, sejam eles federais, estaduais ou municipais. Cada “REFIS” traz as suas próprias regras para adesão, como um verdadeiro “contrato de adesão”, e cabe ao contribuinte devedor, que queira negociar suas dívidas, simplesmente aderir, concordando e acatando todas as regras ali estabelecidas.
Falar sobre a dificuldade de abastecimento de uma cidade como São Paulo, não é tarefa das mais complicadas. Os problemas são diários, estampam as mídias diariamente e engordam as estatísticas de trânsito e congestionamentos.
Os desafios políticos e econômicos do governo que vier a ser conduzido por Michel Temer têm na área social um ponto de convergência. De um lado, a grave situação das contas públicas brasileiras recomendaria o enxugamento de gastos que podem afetar políticas e programas desenhados pelo Partido do Trabalhadores (PT), de acordo com os interesses de sua base eleitoral e sindical. De outro, o objetivo político de esvaziar o movimento de resistência ao impedimento definitivo da presidente Dilma Rousseff deve preservar as despesas públicas na área social, sem que se descarte a possibilidade de ampliá-las.
Este assunto é por demais corriqueiro entre nós, especialmente após a criação dos “REFIS”, sejam eles federais, estaduais ou municipais. Cada “REFIS” traz as suas próprias regras para adesão, como um verdadeiro “contrato de adesão”, e cabe ao contribuinte devedor, que queira negociar suas dívidas, simplesmente aderir, concordando e acatando todas as regras ali estabelecidas.
São remotas as chances de o atual presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, vir a ocupar um cargo ministerial na área econômica de um eventual governo de Michel Temer. Além de ser considerado um personagem afeito a polêmicas, o simbolismo da indicação de um nome ligado diretamente aos bancos significaria abrir brechas para críticas pesadas do Partido dos Trabalhadores (PT) e acusações de favorecimento ao sistema financeiro. O nome de Portugal tem sido mencionado entre as apostas para assumir o Ministério da Fazenda.
Se por um lado o momento econômico e político só nos inspira incerteza, por outro sabemos muito bem o que precisa ser recuperado nos dois ambientes: credibilidade. Diante da divisão que se estabeleceu no país entre os favoráveis e os contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, bem como as tensões e desconfianças a respeito de outras figuras políticas, recuperar a confiança da população neste cenário não será tarefa simples.
Na descrição de Dante Alighieri não há caminho fácil para chegar ao paraíso. Num resumo raso de suas obras, se o pecador conseguir escapar do inferno ele vai primeiro para o purgatório – não há atalho ou viagem direta dos andares profundos do inferno ao céu. A provação no limbo da redenção não é tão cruel quanto a descida pelas trevas, mas é também implacável.
A disputa política acirrada em torno do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff ofuscou a grave crise enfrentada pelo governo federal na renegociação da dívida dos estados junto à União, e que envolve os três poderes da República em movimentos desencontrados.
O governo tem hoje duas alternativas nada agradáveis para lidar com a questão da dívida pública: ou corta os gastos imediatamente, o que traz o risco de ter suas atividades paralisadas já no próximo mês, ou continua gastando e, com isso, acaba ferindo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
