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Notícias

22/09/2016 - Notícias
Mercado de cargas roubadas gera perdas para empresários
por NTC&LOGÍSTICA

Pesquisa da Fiesp aponta que mercado ilegal movimenta R$ 13,2 bilhões.Em Araraquara, empresas apostam em terceirização e segurança.

 

Um levantamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) aponta que o mercado ilícito movimenta cerca de R$ 13,2 bilhões no Estado de São Paulo e prejudica as empresas paulistas. Na região de Araraquara, há diversos relatos de companhias que sofrem com essa prática e procuram opções para reduzir os prejuízos.

 

“É um problema para toda a sociedade. Existe uma estimativa de que no ano passado, em tributos federais, deixaram de ser arrecadados aproximadamente R$ 3 bilhões, e a mesma coisa acontece em relação aos tributos estaduais e municipais”, afirmou o auditor fiscal da Receita Federal de Araraquara, Osvaldo Magno Freixo. Segundo ele, por conta do comércio ilegal, deixam de ser gerados quase 11,6 mil empregos formais.

 

Para tentar diminuir esses índices, na última segunda-feira (19), foi validada uma lei que proíbe a atividade comercial de suspeitos flagrados comercializando produtos roubados ou furtados. “Inibindo a receptação de carga, nós vamos estar inibindo também o roubo”, explicou Natal Arnosti Júnior, presidente da Setcar.

 

PREJUÍZOS

Segundo a pesquisa da Fiesp, realizada com mais de 300 indústrias paulistas dos setores alimentício, automobilístico, de higiene e de perfumaria, 27,1% dos crimes acontecem em sedes e filiais e 23,8% ocorrem durante o transporte. Somados, os prejuízos chegam a mais de R$ 5 bilhões.

 

Apenas em Araraquara, uma distribuidora de aço-carbono e aço-alumínio já foi vítima de ladrões por diversas vezes. A empresa é lesada pelo menos uma vez por ano e, para diminuir as perdas, decidiu abrir mão da própria frota e contratar uma transportadora terceirizada.

 

“Essa transportadora faz o seguro total da carga, porque hoje o transporte representa, na lucratividade da empresa, entre 1% e 2%, então não podemos ter esse risco”, disse o gerente comercial Eduardo Pedroso.

 

Em outra fábrica, de fertilizantes, os proprietários decidiram investir na segurança. As câmeras e os sensores de presença são monitorados por uma empresa contratada. São gastos cerca de R$ 500 mensais no serviço.

 

“A gente tem uma filial no Mato Grosso que depende do serviço de informática daqui porque eles trabalham remotos lá, então é um transtorno muito grande em questão de faturamento”, contou empresário João Carlos Costa.