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Notícias

24/02/2015 - Notícias
Em protesto, caminhoneiros mantêm bloqueios em seis rodovias
por ABTC G1

Caminhões - exceto com cargas vivas, de ração e de leite - estão parados nos acostamentos das vias.

 

Em Santa Catarina, os manifestantes bloqueiam nove pontos de cinco rodovias. Uma das mais prejudicadas é a BR-282 com cinco pontos de interdição nos quilômetros 504,4 (Xanxerê), 645,6 (São Miguel d'Oeste), 571 (Nova Erechin), 605 (trevo de Maravilha) e 317,1 (Campos Novos).

Na BR-158, a interdição ocorre na altura do km 109 (Cunha Porã) e na BR-470 no km 339,6 (Campos Novos). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), são registradas interdições também no km 101 da BR-163 (São José do Cedro) e na BR-153, no km 64 (Irani).

No Estado de Minas Gerais, caminhoneiros bloqueiam ao menos três trechos da BR-381 próximo das cidades de Igarapé, Oliveira e Perdões. A PRF pede que os motoristas de carga evitem trafegar pelo trecho.

No domingo, os manifestantes bloquearam parcialmente ao menos 38 pontos em rodovias estaduais e federais do Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A intenção é que o movimento, que começou na quarta-feira, dia 18, no Paraná e em Santa Catarina, seja expandido para o resto do país ao longo da semana, de acordo com Tobias Brombilla, diretor da Associação dos Caminhoneiros de Rodeio Bonito (RS).

"O setor de transporte de carga está passando por uma crise histórica, sem que os caminhoneiros consigam ter retorno", afirmou. Segundo ele, os caminhoneiros do Rio Grande do Sul iniciaram a paralisação neste domingo durante a manhã e os caminhões deverão ser liberados para seguir viagem à noite.

De acordo com as polícias, mesmo com o protesto, os demais veículos não enfrentam problemas nas estradas, já que o bloqueio é parcial.

O Paraná registrou a maior concentração de caminhoneiros parados, ocupando 22 pontos de estradas. Em cada trecho há, no mínimo, 100 caminhões, segundo as polícias. Em São Miguel do Oeste, por exemplo, havia 300 caminhões parados, de acordo com Vilmar Bonora, um dos líderes do movimento no Estado.

Segundo Bonora, caminhões que transportam combustível também estão parados, o que já está causando prejuízos no município; até a tarde, três postos estavam sem combustível nas bombas. "Só passa caminhão que leva [combustível] para ambulâncias e bombeiros. O resto, fica", afirmou.

Os caminhoneiros também pedem para que seja criada uma tabela de preços do frete baseada no quilômetro rodado e reclamam da jornada de trabalho implantada em setembro do ano passado, que fixou em oito horas diárias e um adicional de duas horas extras.

Odi Antônio Zani, um dos líderes do movimento em Palmeira das Missões (RS), afirmou que os caminhoneiros estão registrando, em média, queda de 30% no faturamento mensal por causa da lei.

"Eu tinha três caminhões rodando as estradas e faturava R$ 120 mil mensais no total. Tive de vender um caminhão e meu faturamento caiu para R$ 68 mil", afirmou.

Fonte: ABTC

 

PROTESTO DE CAMINHONEIROS BLOQUEIA ESTRADAS PELO PAÍS

 

Eles reclamam do alto preço do combustível e dos baixos valores dos fretes. Rodovias de ao menos sete estados são atingidas pela manifestação.

 

Um protesto de caminhoneiros bloqueia nesta segunda-feira (23) rodovias de ao menos sete estados em todo o país: GO, MG, MS, MT, PR, RS e SC. Entre as principais reclamações dos profissionais, estão o alto preço do combustível e os baixos valores dos fretes.

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que é uma das entidades que representam os caminhoneiros no país, divulgou nota dizendo que está "ciente das manifestações e bloqueios em rodovias federais e estaduais pelo país" e que "solicitou uma reunião com os ministérios para tratar das reivindicações, especialmente para tratar do aumento do combustível".

MG
A Fernão Dias, principal ligação entre os estados de Minas Gerais e São Paulo, tinha 17 km de lentidão na região da Grande Belo Horizonte no início da tarde, no sentido São Paulo. Já quem trafegava em direção à capital mineira enfrentava 8 km de congestionamento.

"Nós não temos condições de pagar o óleo (diesel) a R$ 2,75. Nesses últimos três meses, o petróleo subindo, subindo e o frete lá embaixo", disse o caminhoneiro Juarez Ananias, que participa do protesto.

Também havia pontos de interdição perto de Oliveira, na Região Centro-Oeste, e em Perdões e Santo Antônio do Amparo, ambas no Sul do estado. Nestas cidades, os bloqueios ocorrem desde a noite de domingo.

PR
No Paraná, 20 rodovias permaneciam fechadas por volta das 13h em trechos entre as cidades de Cascavel, Curitiba e Guarapuava. Em alguns pontos de rodovias federais, a fila de veículos já passava de 5 km, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Os manifestantes estavam impedindo os caminhões de passarem, mas liberavam os demais veículos, como carros de passeio e de emergência.

Por causa dos bloqueios, alguns postos de combustíveis do sudoeste e do oeste do Paraná já enfrentam desabastecimento. Por conta disso, a prefeitura de Santo Antônio do Sudoeste, no sudoeste do estado, cancelou as aulas nas escolas municipais e interrompeu os serviços de limpeza na cidade. Os protestos ocorrem desde o dia 13 no estado.

Além de criticar os preços dos combustíveis, a categoria no Paraná pede a fixação do frete por quilômetro rodado e a carência de seis meses a um ano para os financiamento de veículos de carga, entre outras reivindicações.

SC
Em Santa Catarina, os protestos ocorrem desde quarta-feira (18). Nesta segunda, oscaminhoneiros continuavam bloqueando 10 pontos em cinco rodovias. A Polícia Rodoviária Federal informou que vai enviar reforços para os locais, a fim de evitar abusos. "A nossa preocupação é porque ontem [domingo] houve alguns abusos. Houve bloqueios, ataques a caminhoneiros, acidentes, pessoas que ficaram presas", explicou o chefe da Comunicação da PRF, Luiz Graziano.

Os manifestantes pedem a queda no preço do diesel e melhores condições nas rodovias da região.

RS
No Rio Grande do Sul, seis pontos de rodovias federais e outros sete pontos de rodovias estaduais foram bloqueados. Alguns caminhoneiros colocaram fogo em pneus no acostamento da estrada. Eles criticam os valores dos combustíveis e dos pedágios e a tributação no transporte de cargas.

MT
Os caminhoneiros de Mato Grosso bloqueavam trechos das duas principais rodovias do estado, as BRs 163 e 364, por volta das 10h. Eles tentam impedir, há quase uma semana, que os veículos de cargas façam o escoamento da produção agrícola. Na manhã desta segunda, havia cinco trechos de interdição, e o terminal ferroviário de Rondonópolis já registrava queda no número de descarregamentos, segundo a empresa que administra o local.

O sindicalista Wilson Júnior Samoro disse houve queda de mais de 20% no valor do frete e, com o custo alto, os motoristas só estão trabalhando para cobrir as despesas.

MS
Dois trechos da BR-163, em Dourados e em Fátima do Sul, Mato Grosso do Sul, continuavam bloqueados na tarde desta segunda. Na região de Fátima do Sul, o congestionamento totaliza cerca de 600 metros, considerando os dois sentidos da pista. Já na região de Dourados, há um congestionamento aproximado de 2 km. Caminhoneiros dizem que a manifestação pode durar até que as principais reivindicações da categoria sejam atendidas.

GO
Em Goiás, um protesto de caminhoneiros interditava a BR-364, no perímetro urbano de Jataí, no sudoeste do estado. A rodovia é uma das principais rotas de escoamento de grãos e liga Goiás ao Mato Grosso. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o tráfego está impedido nos dois sentidos nesta tarde, gerando um engarrafamento de 18 km, sendo nove de cada lado.

 

Fonte: G1